Hoje, pelo 7º ano consecutivo, comemora-se o Dia Mundial da Segurança Alimentar.
4/6/2025
Comemora-se o Dia Mundial da Segurança Alimentar, pelo 7º ano consecutivo. O principal objetivo deste dia, proclamado pela Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) e pela Organização das Nações Unidas (ONU),é sensibilizar para a importância de garantir alimentos seguros em todas as etapas da cadeia alimentar, realçando que todos temos um papel nesta área.
O tema deste ano é Ciência em ação. A ciência é considerada o coração da segurança alimentar, uma vez que é esta que nos ajuda a compreender o que torna os alimentos inseguros e nos orienta sobre como prevenir doenças de origem alimentar.
Sabia que?
Anualmente, mais de 600 milhões de pessoas no mundo adoecem.
Alguns perigos não são estáticos e podem multiplicar-se nos alimentos: os microrganismos são seres vivos que, ainda que não os consigamos ver, mexem-se e multiplicam-se, podendo ser encontrados em todo o lado. A ciência ajuda-nos a entender as condições que gerem e mitigam os riscos que esses microrganismos podem representar para o ser humano.
Alguns compostos químicos podem apresentar riscos específicos quando o ser humano é exposto a eles a níveis baixos por um longo período. Cientistas desenvolveram métodos de avaliação de risco para estimar como manter-nos seguros mesmo quando somos expostos a esses produtos químicos durante a nossa vida.
Os alimentos podem conter bactérias resistentes a antibióticos. As práticas agrícolas e pecuárias devem ter em atenção ao tipo de antibióticos utilizados para evitar a transmissão de patogénicos resistentes através dos alimentos.
A FAO e a OMS destacam 7 mensagens-chave:
A ciência é fundamental para a segurança alimentar. Organismos Internacionais de especialistas como aqueles do Programa Conjunto FAO/OMS de Aconselhamento Científico sobre Segurança Alimentar desempenham um papel crucial na formação de padrões e orientações internacionais, que informam legislações nacionais e contribuem para o comércio harmonizado de alimentos seguros. Isso protege os consumidores em todo o lado.
Se não é seguro, não é alimento. Todos devem ter acesso a alimentos seguros, nutritivos, acessíveis e confiáveis.
A segurança alimentar é da responsabilidade de todos. Todos têm um papel a desempenhar para manter os alimentos seguros, desde a produção até ao consumidor final.
Não há ciência sem dados. É através dos dados recolhidos pelas entidades governamentais e pelas empresas alimentares que os cientistas chegam a conclusões relativamente à segurança dos alimentos.
Existem muitas disciplinas científicas por trás da segurança alimentar. Para além das ciências microbiológicas e toxicológicas, também as ciências climáticas, as ciências sociais e outras disciplinas têm um papel a desempenhar para ajudar a desenvolver políticas e diretrizes mais confiáveis e integradas.
Educação é a chave. Ensinar as crianças e jovens, promover a pesquisa e educar os consumidores sobre como manter os alimentos seguros irá contribuir para uma forte cultura de segurança alimentar.
Todos são gestores do risco. Todos fazemos escolhas diárias sobre o que comemos e como lidar com a comida, sejam indivíduos, famílias, comunidades, empresas e governos. Quando entendemos os riscos de segurança alimentar, tomamos decisões mais informadas.
A ciência fornece a base para orientação da segurança alimentar, mas a prevenção de doenças transmitidas pelos alimentos depende das ações e decisões de todos.
Assim, a FAO e a OMS sugerem que as empresas:
Implementem programas baseados em evidências para identificar potenciais riscos de contaminação e garantir a manipulação, o processamento, a distribuição e o armazenamento seguros dos alimentos;
Eduquem e formem continuamente os trabalhadores de forma a reforçar as práticas de segurança alimentar;
Contribuam para a recolha de dados por parte da comunidade científica;
que os consumidores:
Apliquem práticas seguras em casa, baseadas em evidências. Seguir as 5 regras chave para alimentos seguros reduz o risco de doenças transmitidas por alimentos;
Se mantenham informados e atualizados sobre os conselhos relativos à segurança alimentar provenientes das autoridades nacionais competentes;
Se mantenham informados sobre surtos e riscos emergentes.
e que as escolas:
Ensinem noções básicas de segurança alimentar e introduzam a educação sobre segurança alimentar;
Tornem a segurança alimentar divertida! Utilizar atividades criativas e envolver os alunos no desenvolvimento de boas práticas nas próprias escolas são uma boa forma de incentivar os alunos a aprender sobre o tema.
Incentivar o interesse na ciência. As crianças e jovens devem compreender a importância da ciência e desenvolver a capacidade de avaliar informações de forma crítica e apoiar a tomada de decisões baseada em evidências.